Se é para abolir, então abolamos.
Mas se não pudermos, então abola você.
Se for difícil, então junte uns amigos, e abolam vocês.
E se de tudo não for possível, deixa que eu mesmo abolo
sozinho.
E já que estamos animados com essa história de abolição,
vamos conjugar:
- que eu abola;
- que tu abolas (ou abulas?);
- que ela abola (ou abula?);
- que nos abolamos (ou abolemos?);
- que vós aboleis (ui);
- que elas abolam (ou abulam?).
Está surpreso? Estupefato? Doeram seus ouvidos? Isso é bom,
demonstra que seu senso crítico está apurado. Percebeu que todas as formas do
verbo abolir exemplificadas acima estão erradas.
O quê?! Você está me perguntando quais seriam as formas
corretas?! Puxa, você estava indo tão bem.
Não pergunte isso!
ABOLIR é um verbo defectivo, algo assim como um oposto de
verbo abundante. Procure verbo abundante neste blog, lá nos marcadores, aí
nessa faixa cor de burro quando foge, à direita. Acho que você vai gostar. Mas,
deixemos de digressões.
Conforme mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramática,
“verbos defectivos são aqueles que possuem conjugação incompleta, ou seja,
não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas. Podem ser conjugados
apenas nas formas arrizotônicas, ou melhor, nas formas cuja vogal tônica
permanece fora do radical”.
Esqueça essa coisa de arrizotônica (ou não esqueça,
pesquise), e foque nisto.
Os exemplos acima estão todos errados por que, pela ordem, o
verbo abolir não tem:
- 1ª pessoa do plural do imperativo;
- 3ª pessoa do singular do imperativo;
- 3ª pessoa do plural do imperativo;
- 1ª pessoa do singular do presente do indicativo;
- todas as pessoas do presente do subjuntivo.
Se quiser saber como são todos os modos, tempos e pessoas,
peça, que eu posto nos comentários (não quero sobrecarregar o post).
E estamos abolidos, ou melhor, estamos conversados.
Devanir Nunes
ultima-flor-do-lacio.blogspot.com.br
Ora "abolas', Devanir!!!
ResponderExcluirMuito interessante o seu texto!!!
Gostei# vc estava faltando no meu Face!
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